Gastrectomia Vertical

Sleeve Gastrectomy

Gastrectomia Vertical

Sleeve Gastrectomy

Cirurgia de Obesidade

Conhecida também como “Sleeve Gastrectomy”. Este procedimento é HOJE o procedimento mais realizado em vários países, entre eles os Estados Unidos da America. É diferente do Bypass Gástrico (procedimento mais realizado no Brasil),  pois não mexemos no intestino e na capacidade de absorção do mesmo. Também realizado por videolaparoscopia, nesta técnica, cortamos o estômago verticalmente de forma a transformá-lo em um tubo fino e estreito.

Histórico
O procedimento nasceu em 2002 , quando o cirurgião canadense Michel Gagner ao se deparar com pacientes muito obesos , de alto risco de morte na cirurgia por doenças associadas, propôs que a realizassem em duas etapas: No primeiro ano, só reduzir o estômago (Gastrectomia Vertical ) sem mexer no intestino. E no segundo ano, completar a cirurgia, incluindo agora o intestino no procedimento. No entanto, quando chegou o 2o ano, vários pacientes não quiseram ou não precisavam mais realizar a o segunda etapa e obtiveram excelentes resultados somente com a cirurgia inicial. Dessa forma, a Gastrectomia Vertical surgiu como um procedimento isolado para o tratamento definitivo da Obesidade Mórbida.

Procedimento
Na Gastrectomia Vertical é realizada uma redução menor estômago (cerca de 120 ml) , em contrapartida ao Bypass (30 – 40 ml), transformando-o em um tubo bastante estreito, e não se mexe em intestino ou absorção.

O que poucos entendem é que na Gastrectomia Vertical os pacientes comem menor volume que no Bypass Gástrico, o motivo é que o estômago cortado na vertical mantem uma válvula natural que existe no final do estômago, o piloro, que controla o esvaziamento gástrico.

Os pacientes comem menos e absorvem mais que o Bypass Gástrico, este equilíbrio em geral representa uma cirurgia pouco inferior ao Bypass Gástrico, mas com menor impacto nutricional.

Do ponto de vista hormonal,  destacam-se a redução da Grelina (hormônio produzido pelo estômago), que atua reduzindo o apetite, e o aumento do GLP1 (Incretina produzida no intestino) aumentando a saciedade e melhorando o metabolismo.

Não causa tanta alteração na absorção de ferro, cálcio, vitaminas, e portanto, a reposição, exames e retornos ao consultório são menos frequentes e os riscos de se desenvolver anemia, osteoporose e outras carências vitamínicas é menor. Também, ocorrem menos episódios de hipoglicemia e mal-estar ao comer algum doce (Síndrome de Dumping) o que agrada muito a pacientes e médicos.

Indicações e Resultados
A perda de peso chega em média a 30% do peso total, mas os resultados podem ser surpreendentes se o paciente tem boa aderência as mudanças de estilo de vida. Por se tratar de uma cirurgia realizada no estômago e sem alterar muito a absorção, é de se supor que o risco de voltar a engordar seja maior. Daí a importância do paciente colaborar em reduzir a ingestão de alimentos calóricos.

Tem excelente resultado metabólico, controlando o Apneia do Sono, Dislipidemia, Hipertensão Arterial e Diabetes 2 em estado inicial, não sendo a melhor opção para Diabetes 2  mais avançada.

Provavelmente o grande senão desta cirurgia seja a Doença do Refluxo Gastroesofágico, a famosa “AZIA”, nem sempre o problema é corrigido pela cirurgia e os pacientes podem manifestar refluxo após o procedimento necessitando de algum tratamento específico.

Contudo, é um procedimento tentador, principalmente em pacientes no limite da Obesidade Mórbida, com doença Metabólica e Diabetes 2 inicial, em adolescentes ou muito idosos, pois se o resultado for bom o paciente recebeu um tratamento menos agressivo. E caso não, o paciente poderá realizar o segundo tempo da cirurgia, conforme sugerido pelo criador da técnica, permitindo a transformação para qualquer outro procedimento.

Em todos os procedimentos, o paciente precisa colaborar e fazer mudanças de estilo de vida, tanto na alimentação quanto na atividade de física.

Após mais de 20 anos operando sabemos que cerca de 20% dos pacientes voltam a ganhar peso de forma preocupante, e o fator mais importante no controle de peso a longo prazo é a mudança de hábitos. A cirurgia deve ser o inicio de uma grande transformação que precisa se manter para SEMPRE, a Obesidade é doença crônica e o tratamento e vigilância são por toda vida.

O percentual de peso perdido chega a ser de 30 % do peso original conforme o caso.

O tempo de realização deste procedimento é em geral de 50 minutos.

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